Zoiano o Blog

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Crônica: Linha 10...

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Falar do passado pra mim... é falar de coisas boas, tempos bons...
... tempos estes que o vídeo game e computadores fizeram questão de deletar de nossas crianças.

Sei que vivemos em um mundo moderno, que necessitamos da alta tecnologia, mas acho que esta “alta tecnologia” chegou muito cedo para nossos filhos, eles podiam ter aproveitado mais o mundo da imaginação, mas fazer o que né, afinal nossos filhos sabem usar mais o PC do que nós mesmos, os pais, kkk!

Mas como isso aconteceu? Como nossos filhos despertaram tão rápido para este mundo, ow... cadê a inocência??? Às vezes meu filho comenta ou faz perguntas que às vezes fico sem palavras, ou melhor, tenho que pensar em como responder.... loucura, tô velho mesmo???

Eu quando criança mal sabia mexer nos botões da televisão. Isso quando podia mexer, pois sempre tinha um adulto gritando:
- Não mexeee... vai acabar estragando! Kkkkk...

Tá, mais vamos nos aprofundar mais, pião, bolinhas de gude, jogar bete, colher mamonas pra jogar no estilingue... sem falar no famoso papagaio, aquele que fazíamos apenas nas férias.

Lembro perfeitamente que íamos esculpindo lentamente as varetas feitas de bambo, que dariam forma ao nosso papagaio, papel de ceda colorido, vermelho, azul, verde... pra fazer a rabiola, papel em forma de argolas e íamos juntando pra que esta ficasse enorme!

A linha tinha que ser de número 10, resistente, apenas um carretel era suficiente, comprava ali nas Turcas Triste.

Como aquilo fascinava, com a linha enrolada em latas de óleo e soltando lentamente nosso papagaio ia subindo... subindo... ganhando altura, e no meio daquele imenso céu azul ficávamos admirando e sentindo nas mãos a força do vento!

Época que não havia em nossos vocabulários e muito menos nas linhas o tão perigoso cerol, pois o prazer de nós crianças era apenas soltar e em meio a tantos ver qual era o mais colorido... o mais bonito!

Horas e horas olhando, pender a cabeça para tentar fugir dos raios do sol e admirar nossa obra de arte voando, sair correndo atrás da lata quando por descuido “escapuliu” de nossas mãos... boas risadas nestas horas, rsrsr!

E como desfecho, depois de enrolar todo nosso carretel sobre a lata e carinhosamente segurar nosso papagaio íamos para casa comer nosso lanche... bolos da vó, bolachas, leite com café... mas eu preferia sempre aquele pedaço de pão com manteiga e tomar a deliciosa e gelada TUBAINA!

É bons tempos... hoje observo o mesmo imenso céu azul... que infelizmente não tem mais nossos papagaios da infância!

SOL SALVADOR

Apresentador de TV - Colunista Social no Jornal de Barretos - Locutor da Transamérica

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